Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Institucional
ONU elogia ações da Itaipu em benefício do clima e do meio ambiente
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09/11/2017
As ações que a Itaipu Binacional vem desenvolvendo há vários anos – combinando energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável – são destaque na 23ª Conferência Mundial do Clima (COP 23), de 6 a 17 de novembro em Bonn (Alemanha). A empresa, parceira da Secretaria das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (United Nations Climate Change Secretariat - UNFCCC, em inglês) na conferência, é a única empresa latino-americana nessa condição.
 
 
“Essa parceria reflete o grande trabalho que a Itaipu vem fazendo há muitos e muitos anos, de gerar energia limpa e renovável, de prover conservação da biodiversidade, segurança hídrica e benefícios para a água, e de promover, acima de tudo, o desenvolvimento sustentável”, afirmou Nick Nuttall, porta-voz da UNFCCC. “Esperamos aprender o que Itaipu está fazendo e o que planeja fazer no futuro, na medida em que o mundo progride na implementação do Acordo de Paris”.
 
Para Salaheddine Mezouar, presidente da COP 22, realizada em 2016 no Marrocos, as ações de Itaipu, que refletem a cooperação entre dois países (Brasil e Paraguai), são um grande exemplo a ser replicado no continente africano, onde muitas das medidas que lá se fazem necessárias dependem da cooperação entre dois ou mais países. Mezouar esteve, nesta quinta-feira (9), no estande da Itaipu localizado na Zona Bonn, na COP 23. 
 
As ações desenvolvidas por Itaipu farão parte de dois eventos realizados em parceria com a UNFCCC. Nesta sexta-feira (10), Dia da Energia, o tema é “Nexo Água-Energia: Como a geração hidrelétrica pode liderar o desenvolvimento sustentável em um ambiente em mudança”. No domingo (12), o assunto é “Serviços Ecossistêmicos e Biodiversidade”.
 
Segurança hídrica e biodiversidade
 
Com 170 km de extensão e uma lâmina d’água de 1.350 km², o reservatório da usina de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai, é importante não apenas por garantir o suprimento de 17% da energia do mercado brasileiro e 78% do paraguaio. Com seus 29 trilhões de litros d’água estocados, o lago fronteiriço também garante o abastecimento de municípios, é cenário para atividades de lazer e turismo, e ainda viabiliza atividades econômicas como pesca e agropecuária.
 
Para garantir esses usos múltiplos, a Itaipu desenvolve uma série de iniciativas em sua área de influência. O objetivo principal é a segurança hídrica, ou seja, que haja água em quantidade e qualidade suficientes para essas atividades no longo prazo e de forma sustentável. Esses cuidados se estendem ao reservatório e à bacia hidrográfica do entorno. 
 
Uma das primeiras ações que a binacional empreendeu para garantir a qualidade e a quantidade de água em seu reservatório, durante sua construção, foi a formação de uma vasta área de preservação ambiental no entorno, onde já plantou mais de 44 milhões de árvores. 
 
Somando as áreas protegidas, reserva e refúgios no Brasil e no Paraguai e faixa de proteção (que tem uma largura média de 200 metros), Itaipu preserva mais de 100 mil hectares de florestas, que respondem pelo sequestro de aproximadamente 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.
 
Recentemente, Itaipu se tornou a primeira usina no mundo a ter suas áreas protegidas reconhecidas pela Unesco como reserva da biosfera. No Paraguai, a Itaipu também é responsável pela coordenação do programa Paraguay Biodiversidad, com recursos aprovados pelo governo paraguaio junto ao Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF), do Banco Mundial. O objetivo é conservar a diversidade biológica e promover o uso sustentável da terra.
 
No Brasil, as áreas protegidas conectam-se ao Sul, por meio do Corredor de Biodiversidade Santa Maria, com o Parque Nacional do Iguaçu, e, ao Norte, com o Parque Nacional de Ilha Grande, no Mato Grosso do Sul. Em ambos os países, a Itaipu também desenvolve projetos de conservação de espécies animais nativas que se encontram em situação de risco.
 
Desenvolvimento sustentável
 
A conservação de florestas é um cuidado essencial para a segurança hídrica, mas também depende de outras estratégias voltadas ao entorno, especialmente no que diz respeito ao uso da terra. 
 
Itaipu está encravada em uma das regiões mais produtivas do agronegócio, tanto no Brasil como no Paraguai. Portanto, os corpos d’água que conectam o território com o reservatório estão sujeitos aos passivos ambientais da agropecuária, tais como agrotóxicos, dejetos de gado, aves e suínos, e parte do solo descoberto que fica sujeito à ação da chuva e acaba indo parar nos rios.
 
Para frear esses passivos, Itaipu lança mão de uma série de iniciativas, como o terraceamento das áreas agrícolas (para fazer a correta drenagem das chuvas e aumentar a retenção de água no solo), a difusão do plantio direto (que também colabora para a retenção, diminui a necessidade de agrotóxicos e mantém o solo coberto durante todo o ano) e o uso dos dejetos da pecuária para a produção de biogás (como insumo para energia térmica, elétrica e veicular) e de biofertilizante.
 
A essas técnicas somam-se outras iniciativas, como ações de educação ambiental, o estímulo à agricultura orgânica e a adoção de sistemas de integração lavoura-pasto-floresta, assistência técnica gratuita, readequação e cascalhamento de estradas rurais, recuperação e proteção de nascentes, entre outras.
 
Geração de energia
 
Os cuidados com os recursos hídricos se refletem na própria geração de energia. Com 14 mil megawatts de potência instalada, a Itaipu Binacional desenvolveu, a partir de 2012, um sistema de gestão da produção semelhante à gestão de uma cadeia de suprimentos, em que a água é o insumo principal. Dessa forma, as paradas de manutenção e outras manobras que demandem o desligamento de máquinas são adequadas de acordo com o fluxo de água que chega ao reservatório. 
 
Em um ano com grande disponibilidade de recursos hídricos, como em 2016, associada à demanda por eletricidade no Brasil e no Paraguai, esse sistema de gestão possibilitou estabelecer um novo recorde mundial de geração anual, com 103.098.366 megawatts/hora produzidos no ano passado. Para gerar essa quantidade de energia por fonte térmica, seriam necessários 583 mil barris de petróleo por dia.
Para saber mais sobre a participação da Itaipu na COP 23, clique AQUI.