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Meio Ambiente
Novas harpias ampliam o plantel do Refúgio Bela Vista
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09/01/2014

O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) começa 2014 com novos habitantes. São dois filhotes de harpia, nascidos em 27 de dezembro e 1º de janeiro. Com eles, o plantel do RBV chega agora a 20 aves. Estes são o 14º e 15º filhotes nascidos no local.

O primeiro casal de harpias do RBV foi formado em 2005 e teve filhotes gerados com sucesso em 2009. Quando apareceram os primeiros ovos, ainda havia dúvidas sobre qual seria a forma certa de cuidar dos recém-nascidos. Hoje, porém, a equipe já está mais segura e confiante. “Acertamos a mão”, brinca o biólogo Marcos José de Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD). O projeto de reprodução de harpias do RBV é, atualmente, o maior da região Sul do País.

Os caçulas estão bem adaptados e saudáveis. O mais velho nasceu com 70 g. No dia 8 de janeiro, 12 dias depois, já pesava 327 g – quase cinco vezes o peso original. Basta perceber a voracidade com que o filhote se alimenta para entender esse crescimento rápido.

Os dois filhotes, que ainda não se sabe se são fêmeas ou machos, fazem parte da família do casal de harpias mais antigo do Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu Binacional (Casib). Mas a família deles pode não ser a única que vai aumentar. O casal que chegou em agosto de 2013, vindo do Espírito Santo, também fez uma postura.

 “Em breve, vamos tirar o ovo [do recinto] para medi-lo, pesá-lo e verificar se houve fecundação”, explica Oliveira. Filhotes de pais diferentes vão enriquecer o perfil genético do plantel, por isso a torcida por um filhote.

Mesmo com poucos dias de vida, os filhotes já têm certa sensibilidade visual e auditiva. Aos poucos, os sentidos vão melhorando, mas os cuidados acontecem desde já. Na hora de alimentá-los, por exemplo, o biólogo fica em silêncio absoluto.

“Assim, eles não relacionam a minha voz ao fornecimento de alimento, como se eu fosse o ‘pai’”, explica Marcos. Mais tarde, quando a visão estiver mais desenvolvida, também será usada uma espécie de “cobertura”, para que as aves não vejam quem está oferecendo a comida.