Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Energia
Na Copa, sistema elétrico foi eficiente e discreto
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17/07/2014

Se dentro de campo a seleção brasileira decepcionou, a organização do País para a Copa do Mundo FIFA 2014 e a boa recepção dos brasileiros aos torcedores de fora renderam elogios de todo o mundo. Em relação ao sistema elétrico, pode-se dizer que atuou como os grandes árbitros de futebol: eficiente, não chamou a atenção e garantiu energia de sobra para que os milhões de brasileiros pudessem assistir aos jogos em casa ou nos estádios.

Foi assim nos 62 jogos da Copa, da fase de grupo às semifinais; e foi assim também nos dois jogos finais: Brasil x Holanda, no sábado (12); e Alemanha x Argentina, domingo (13) – conforme dados do Operador Nacional do Sistema (ONS).

No jogo derradeiro do Brasil, sábado, a curva de carga seguiu o padrão das partidas anteriores: cai um pouco antes do primeiro tempo; recupera no intervalo, com o abre-e-fecha de geladeiras; volta a cair no segundo tempo para, aos poucos, retomar a curva ascendente no final da partida.

No domingo, que tipicamente já é um dia com menos demanda por energia, o comportamento da carga foi um pouco diferente. Motivo: o campeão só saiu no segundo tempo da prorrogação, com o gol do jovem meia Mario Götze.
 
O gerente da Divisão de Operação da Usina e Subestações (OPUO.DT), Fernando de Menezes Silva, superintendente de Operação em exercício, disse que, como nas fases anteriores da Copa, neste final de semana Itaipu seguiu todas as diretrizes estabelecidas pela ONS em casos especiais.

Desta forma, a usina manteve a máxima disponibilidade operativa para o Sistema Interligado Nacional, com equipes de Operação e Manutenção em plantão. “Novamente, tudo ocorreu dentro da normalidade e não houve a necessidade de intervenções corretivas ou de emergência”, afirmou.

Como foi

De acordo com a ONS, faltando 15 minutos para começar o jogo da seleção brasileira, no sábado, houve uma redução de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) de 1.600 MW em apenas 20 minutos. Antes, já estava 960 MW abaixo de um sábado normal.

A partir das 17h17, até o fim do primeiro tempo, a carga subiu 4.100 MW – correspondente à rampa natural por causa do começo da noite. Mesmo assim, em relação a um sábado normal, a diferença média de carga foi de menos 5.000 MW.

No intervalo, houve nova elevação, de 6.700 MW em 14 minutos. No segundo tempo, a média registrada foi de 4.600 MW abaixo de um sábado normal. Com o apito final – e o novo tropeço da seleção brasileira –, a elevação da carga foi de 2.600 MW em 15 minutos.

Grande final

Pouco antes de começar o jogo Alemanha x Argentina, até o final do primeiro tempo, a média de carga ficou 2.500 MW abaixo de um domingo típico. No intervalo, houve uma elevação de 2.900 MW em oito minutos; no segundo tempo, a média de carga foi 3.200 MW menor que a de um domingo normal.

No final do tempo regulamentar, a carga voltou a subir 5.000 MW em apenas dez minutos; caiu de novo, com o começo da prorrogação, até finalmente escalar mais 3.900 MW após o apito final que sagrou a Alemanha campeã da Copa do Mundo no Brasil.