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Turismo
Ministro do Turismo defende manutenção da cota de US$ 300
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17/06/2015

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, disse nesta quarta-feira (17), em Foz do Iguaçu (PR), que vai defender e trabalhar dentro do governo federal pela manutenção da atual cota de US$ 300 para compras de mercadoria no exterior, por via terrestre, com isenção do imposto de importação.
Ainda na noite desta quarta-feira, na abertura do Festival de Turismo das Cataratas, diretores do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz) entregariam uma carta ao ministro oficializando o pedido.

Alves também disse ser favorável ao aumento desta cota para US$ 500, como reivindicam empresários e representantes do setor turístico da região.
As declarações de Henrique Alves foram dadas durante almoço com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o prefeito de Foz, Reni Pereira, e o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, após sobrevoo e visita à usina hidrelétrica de Itaipu.

Também participaram do encontro o superintendente de Comunicação da binacional e presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, o Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, empresários e gestores do turismo na região trinacional – entre outras autoridades.

Henrique Alves telefonou para o chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, para defender a manutenção da atual cota de US$ 300. As entidades têm pressa em resolver o assunto porque uma instrução normativa da Receita Federal, publicada no final de 2014, determina que, a partir de 1º de julho deste ano, a cota seja reduzida para US$ 150 – ou seja, metade do valor atual.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, acredita que o ministro do Turismo será um forte aliado em todos os projetos de interesse da região para consolidar ainda mais Foz do Iguaçu como Destino do Mundo. Segundo Samek, Henrique Alves recebeu muito bem as propostas de Foz.

Durante a 15ª Reunião de Ministros de Turismo do Mercosul, o projeto Beira Foz, que prevê o desenvolvimento urbano e a ocupação pública das margens dos rios Paraná e Iguaçu, na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, foi considerado “emblemático”,  por atender ao interesse de “convergência regional”. Alves comentou que esse e outros projetos poderão servir de modelo para o restante do País.

Antes da visita, o ministro e comitiva fizeram um sobrevoo pelas Cataratas do Iguaçu, o futuro campus da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila) e pela própria usina de Itaipu e o reservatório.

Durante o sobrevoo à usina, Alves também se comprometeu a conversar com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, sobre a retomada das obras da Unila, que fica num terreno doado por Itaipu. Segundo Samek, a conclusão do campus ajudaria a atrair mais turistas ou fazer com que eles permanecessem mais tempo na cidade.

“Não se trata apenas de mais uma universidade, mas uma universidade assinada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, gênio da arquitetura moderna”, teria dito o ministro do Turismo.  Com base no relato do diretor-geral brasileiro e no que viu em Foz, região e na própria Itaipu, Alves disse que a usina não gera só energia, gera desenvolvimento. “É um exemplo de empresa cidadã, que deveria ser seguido por todas as outras.”

Turismo técnico-científico

Logo após a visita ao complexo hidrelétrico, Henrique Alves disse que Itaipu tornou-se exemplo em uma modalidade de visitação ainda pouco explorada no País: o turismo técnico-científico. “Itaipu desenvolve aqui uma coisa que para mim é novidade, que é o turismo técnico-científico. É uma coisa impressionante: recebe as pessoas para mostrar a engenharia, como [a obra] foi feita, os procedimentos. Isso orgulha muito o Brasil”, declarou.

Cota de US$ 500

Gilmar Piolla criticou a redução do valor da cota atual e defendeu que, ao contrário, a elevação do teto de isenção para US$ 500 poderia fazer com que boa parte dos turistas que hoje vão aos Estados Unidos, por exemplo, para fazer compras, ficasse na região – Ciudad del Este é considerado o maior centro de compras da América Latina.

Ainda de acordo com o presidente do Fundo Iguaçu, essa medida dinamizaria o turismo interno e impulsionaria a economia da região, além de contribuir para a redução do déficit brasileiro nas contas externas. Somente no ano passado, as compras de brasileiros no exterior somaram US$ 25,6 bilhões.

Piolla também aproveitou o encontro para apresentar ao ministro o projeto para construção de uma segunda pista no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, outra reivindicação do setor para melhorar a infraestrutura do turismo na região.