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Meio Ambiente
IV Cultivando Água Boa deverá reunir mais de 3 mil
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19/11/2007

O programa Cultivando Água Boa, promovido pela Itaipu Binacional, vai realizar o seu quarto encontro regional nesta semana, desta quarta-feira (dia 21) até o sábado (dia 24), em Foz do Iguaçu. O evento deverá reunir cerca de 3 mil participantes no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu. Eles vão discutir boas práticas ambientais realizadas nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3, região que abrange todas as microbacias que desembocam no reservatório da hidrelétrica. A cerimônia de abertura está marcada para as 15 horas (o credenciamento será entre as 13 e 14 horas).

 

Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, o objetivo é fazer um inventário das ações voltadas ao meio ambiente na região, não somente as ligadas ao programa Cultivando Água Boa, mas também aquelas que foram apontadas pela comunidade, nos 29 encontros preparatórios para o evento (um em cada município). “O programa estimula uma nova forma de se relacionar com o meio ambiente. E essa cultura deve ser incorporada ao dia-a-dia das comunidades, independentemente da participação da Itaipu Binacional. O objetivo é que, futuramente, a iniciativa caminhe por si própria”, afirma o diretor.

 

Um dos focos do encontro é discutir como as comunidades estão encontrando soluções locais para combater o aquecimento global. Além disso, é uma oportunidade para avaliar os objetivos alcançados pelos 70 projetos executados pelo Cultivando Água Boa e traçar novas metas para os próximos anos. Entre os destaques da programação, estão palestras como a cientista Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e do coordenador de Educação Ambiental do PNUMA, Enrique Leff, debate com o frei Leonardo Boff e a atriz e ativista ambiental Letícia Sabatella, exposições fotográficas e de trabalhos científicos, feira orgânica e programação cultural que inclui show com Renato Teixeira. Haverá ainda lançamento de livros e uma extensa programação de educação ambiental.

 

Reconhecido como o mais abrangente programa ambiental do setor elétrico brasileiro e premiado na Holanda com a Carta da Terra, o Cultivando Água Boa é composto de 70 projetos e 96 ações que abrangem desde a recuperação dos rios da Bacia do Paraná 3, passando pela proteção das matas e da biodiversidade, pela atenção a segmentos econômicos ligados ao meio ambiente (agricultura orgânica, plantas medicinais, catadores de papel, pesca em tanques-redes e outros) e pela promoção da educação ambiental nas comunidades do entorno.

 

Um dos pontos fortes do Cultivando Água Boa é a ampla e diversificada participação comunitária: ao todo, são mais de 1.700 instituições parceiras, entre universidades, órgãos governamentais, ONGs e associações. “O diferencial da Itaipu está na abrangência e interconexão das ações do programa, e no fato de que não há uma distinção entre o discurso e a prática”, completa Nelton Friedrich.

 

Um dos projetos se converteu em referência para a construção de hidrelétricas no Brasil. É o Canal da Piracema, que tem 10 quilômetros de extensão e liga a parte do Rio Paraná localizada abaixo da barragem ao reservatório da usina. A obra permite que peixes migratórios vençam o desnível de 120 metros entre as duas partes do rio, contribuindo para a diversidade e melhoria genética da ictiofauna.

 

Outro destaque está no campo da recuperação florestal. Ao longo de sua história, a Itaipu plantou 44 milhões de árvores nas margens brasileira e paraguaia. Os viveiros da binacional respondem pela produção anual de cerca de um milhão de mudas que são plantadas nos corredores de biodiversidade (matas que interligam áreas de proteção ambiental) e nas matas ciliares das microbacias da região. Ao todo, a binacional preserva 108 mil hectares de florestas em sua área de influência, divididos em Reservas, Refúgios Biológicos e Faixa de Proteção do Reservatório.