A diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, recebeu o prêmio das mãos da representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. A coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero, Maria Helena Guarezi, também participou da solenidade, acompanhada por representantes do Comitê de Gênero da Itaipu.

 

A secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, parabenizou todas as empresas contempladas com o selo. “As organizações aqui presentes cumpriram seu compromisso. Foram capazes de alterar padrões culturais que orientam as relações de trabalho e construir novas formas de gerenciar o ambiente organizacional pelo princípio da sustentabilidade de não discriminação”, afirmou. Nesta edição, 68 empresas receberam o selo.

 

Eleonora lembrou os avanços das mulheres no mercado de trabalho. Desde 2010, a participação delas cresceu, inclusive entre as mulheres negras, mas os desafios prosseguem. “A desigualdade de gênero e raça no mundo do trabalho ainda são muitas e elas aparecem na ascensão das mulheres no interior das empresas”, afirmou.

 

Segundo previsão do Relatório Global de Equidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial, a equidade de gênero no mercado de trabalho ainda levará 80 anos.

 

 

Para receber o selo, a empresa precisa apresentar um plano de ação bienal para promover a equidade de gênero e raça na organização. Isso significa que empresas como a Itaipu, contemplada nas cinco edições do selo, colocam as questões em pauta e avançam ano a ano.

 

A validação é feita por um comitê formado por professoras de núcleos de pesquisa de gênero de universidades de todas as regiões do país.

 

Entre os avanços de Itaipu em 2015 está a inclusão de reserva de vagas para pessoas negras no processo seletivo (edital 1006/2015), ainda que a empresa não tenha essa obrigatoriedade legal. A medida atraiu 936 concorrentes que se declararam negros e pardos.

 

Neste ano, a binacional lançou a segunda edição do Prêmio WEPs Brasil, uma forma de estimular as micros e pequenas, médias e grandes empresas do País na promoção do empoderamento da mulher e da equidade de gênero. As inscrições terminaram em novembro e a premiação será em março de 2016.

 

Itaipu foi pioneira entre as empresas do setor elétrico na criação de um programa de equidade de gênero, em 2003. As melhorias incluíram ações como dispensa das mulheres, sem prejuízo da remuneração, para acompanhar filhos em casos de exames e internamentos; dispensa para as comemorações de dia das mães e pais; contratação de mulher como médica do trabalho; condições especiais para as gestantes e implantação do horário móvel.

 

Após a adoção do programa, o percentual feminino nos níveis gerenciais dobrou para mais de 20% dos cargos.

 

A ampliação de mulheres no quadro de Itaipu, como um todo, é uma das sete diretrizes do programa. As demais preveem a incorporação da dimensão do gênero em atividades de treinamento e capacitação, na ascensão funcional e na estrutura de cargos e salários, na promoção da saúde física e mental, nos benefícios acessíveis a todos e nos programas de responsabilidade socioambiental de Itaipu. A consolidação da equidade de gênero na cultura organizacional encerra a lista.