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Itaipu pede reintegração de posse de área invadida
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27/03/2008

A Itaipu Binacional vai pedir novamente à Justiça Federal a reintegração de posse de uma faixa de preservação ambiental localizada à margem de seu reservatório, no município de Guaíra. A reserva foi ocupada no último dia 17, pela segunda vez, por índios ñandeva.  Em outubro do ano passado, a Justiça já havia dado ganho de causa à Itaipu, que realocou os índios para a “Terra Indígena de Marrecas”, uma área com 18 mil hectares, no município de Turvo.

 


17 famílias ocupam área pertencente à Itaipu 

“Os Ñandeva têm onde ficar. Não faltam terras, o que falta é uma política voltada à sustentabilidade destes povos”, disse Gilmar Secco, coordenador do Programa de Sustentabilidade das Comunidades Indígenas de Itaipu. Segundo ele, as 17 famílias (cerca de 60 pessoas) são originárias de Porto Lindo, Mato Grosso do Sul, e migraram em 2007 para o Paraná devido a brigas naquela região. 

 

De acordo com Secco, após serem assentados na aldeia de Turvo, os indígenas tiveram novas divergências internas e ficaram descontentes com a área. Secco informou, no entanto, que a aldeia tem ótimas condições para o assentamento definitivo do grupo, e que a Funai tem assistido as famílias com o fornecimento de cestas básicas e atendimento à saúde.

 

“O retorno dessas famílias à região de Guaíra é uma desobediência à ordem judicial”, disse Secco, referindo-se à decisão do ano passado. Ele acrescenta que a área é imprópria para abrigar os indígenas: não há terras para o plantio e os índios ficariam vulneráveis a questões de segurança (a região fronteiriça tem problemas ligados ao contrabando) e de saúde, visto que seriam expostos a doenças como dengue, malária e febre amarela.