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Responsabilidade Social
Itaipu e Rede Proteger convidam caminhoneiros a defenderem os direitos da infância
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30/05/2018

A Rede Proteger, da qual a Itaipu Binacional faz parte, convidou os caminhoneiros a defenderem os direitos das crianças e dos adolescentes pelas estradas brasileiras. Nessa terça-feira (29), em Foz do Iguaçu, a equipe entregou folhetos e guias da campanha “Na Mão Certa”, produzidos pela Oscip Childhood Brasil. A instituição trabalha desde 1999 influenciando a proteção de meninos e meninas pelo País. A distribuição ocorreu no pátio de um dos postos de combustível mais frequentados por caminhoneiros na cidade, na BR-277, onde também estão veículos que aderiram à paralisação nacional.

Com o tema “Os direitos da criança e do adolescente”, o material entregue apresenta um resumo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aborda o abuso e a exploração sexual. Os números dos disque-denúncias (Disque 100, nacional, e Disque 181, estadual) estão em destaque no guia. As colegas Lídia Mara Elias Gomes e Marta Mota, da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social da empresa, participaram da ação. A área é responsável pelo Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), gerido pela Itaipu.

“A Rede Proteger desenvolve esse trabalho com os caminhoneiros por acreditar que eles podem ser parceiros nessa luta em prol da infância”, disse o padre Giuliano Inzis, coordenador da rede.

Um levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Childhood Brasil, confirma a necessidade desta convocação. No estudo, foram identificados 2.487 pontos vulneráveis à exploração sexual de meninos e meninas nas rodovias brasileiras, entre 2017 e 2018. O número representa um acréscimo de 20% em relação ao ano de 2016.

Multiplicadores

“Esta atitude da Rede Proteger e da Itaipu é muito louvável. Podemos ser multiplicadores deste cuidado. A crianças abusada pode ser uma parente nossa”, disse Nilson Costa de Oliveira, dono da transportadora Transrodonorte. Oliveira se prontificou a distribuir o material também no Porto de Santa Helena, na cidade de Santa Helena. “Temos escritório lá também. Faço questão de entregar essas cartilhas lá.”

O caminhoneiro Admilson Mira também se comprometeu a distribuir o material por onde passar. Ele contou que está na estrada há mais de 30 anos. Começou quando ainda era um menino e viajava com o pai, também caminhoneiro. “Apesar de ser uma cena triste, é muito comum ver meninas e meninos sendo explorados ao longo das rodovias brasileiras”, disse. Segundo o motorista, na região Sul isso não é muito comum, mas no Norte e Nordeste a exploração de crianças parece uma atividade normal. “Às vezes a própria mãe oferece a filha”.