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Responsabilidade Social
Itaipu e Fundação Itaiguapy aderem ao 5º Pró-Equidade de Gênero e Raça
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19/03/2014

A Itaipu Binacional e a Fundação de Saúde Itaiguapy, que administra o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), aderiram, nesta terça-feira (18), em Brasília (DF), ao termo de compromisso da 5ª edição do programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. A solenidade contou com a participação das ministras Eleonora Menicucci, da SPM, e Luiza Bairros, da Seppir. A Itaipu ganhou todas as edições da premiação.

Representaram a binacional na solenidade a diretora-financeira executiva, Margaret Groff, e a coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero, Maria Helena Guarezi. O diretor-superintendente do HMCC, José Anilton Beal, representou a Fundação Itaiguapy, que concorre pela primeira vez.

"Nós de Itaipu, que já somos reconhecidos nacional e internacionalmente pelas ações que desenvolvemos em equidade de gênero, ao assinar o termo, estamos reafirmando nosso compromisso de dar continuidade às ações de gênero e incentivar outras empresas a participar, assim como fazemos no nosso programa de desenvolvimento de fornecedores”, disse Margaret. E complementou: "Fiquei muito satisfeita de ver a Fundação Itaiguapy iniciando sua participação no selo”.

A 5ª edição do Pró-Equidade de Gênero e Raça recebeu inscrições de 83 organizações públicas e privadas. Com a adesão, essas empresas firmam compromisso pela superação das desigualdades de gênero e raça no mundo do trabalho e ainda com a consolidação de políticas para contribuir com a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, na remuneração, ascensão e permanência no emprego.

Avanços

Na primeira edição, em 2005, 15 organizações — todas de caráter público — aderiram ao Pró-Equidade, envolvendo cerca de 400 mil funcionárias e funcionários. Em sua quinta edição, o programa chega a 83 organizações, entre grandes corporações, empresas públicas e privadas e instituições, e envolverá cerca de um milhão de trabalhadoras e trabalhadores.

De acordo com a coordenadora do Pró-Equidade de Gênero e Raça, Simone Schäffer, já se percebe um diferencial nas relações de trabalho em organizações que participam do programa desde sua primeira edição. “As organizações participantes do Programa Pró-Equidade chegam a apresentar quase três vezes mais mulheres em cargos executivos em comparação com outras empresas que ainda não aderiram ao Programa”, afirma.

Em fevereiro deste ano, a SPM também lançou o Manual de Práticas de Igualdade, que reúne as iniciativas de destaque implementadas pelas empresas e instituições participantes da quarta edição do programa, encerrada em 2013. Dentre os exemplos estão ações que envolvem atenção à saúde da mulher, formação para o enfrentamento do assédio moral e sexual, além de seminários sobre mulheres, ciência e tecnologia.

Certificação

Após a assinatura do termo de compromisso, as organizações darão sequência à implementação dos planos de ação, elaborados no processo de adesão ao programa. Durante o período de execução dos planos, a SPM realizará oficinas e visitas de monitoramento, com a finalidade de acompanhar e auxiliar o desenvolvimento das ações. Em agosto de 2015, as empresas e instituições participantes deverão apresentar o relatório final para a SPM.

As organizações que colocarem em prática 70% das ações previstas no plano serão certificadas com o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça. O símbolo reconhece o trabalho realizado pelas organizações no enfrentamento da desigualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho.
 
Modelo

A busca pela equidade de gênero, na Itaipu Binacional, tornou-se possível a partir de 2003. Naquele ano, a empresa ampliou sua missão, antes voltada exclusivamente à geração de energia elétrica com qualidade, para incorporar a responsabilidade social e ambiental. Posteriormente, ao definir suas “Políticas e Diretrizes Fundamentais”, a empresa colocou em primeiro lugar o reconhecimento e o respeito à dignidade, aos direitos individuais e aos aspectos “que constituem a diversidade humana no que tange a gênero, religião, cultura, raça, etnia e capacidades diferentes, dentre outros”.

O Programa de Incentivo à Equidade de Gênero integra o plano estratégico da Itaipu desde 2005. Ele é coordenado por um Comitê formado por homens e mulheres de todas as diretorias, das fundações mantidas pela empresa e dos sindicatos de base da Itaipu. O Comitê opina, propõe, executa ações, apoia outras áreas e verifica se os conceitos do Programa estão sendo aplicados dentro do que preconiza a Política de Equidade de Gênero.

Baseada em diretrizes de caráter transversal, a Política de Equidade de Gênero abrange diversas ações e níveis operacionais da Entidade, com ênfase no recrutamento e seleção; treinamento; benefícios; plano de cargos; carreira e remuneração; saúde; segurança; e adoção de uma linguagem inclusiva. Essa política, aplicada de forma binacional na empresa – que pertence ao Brasil e ao Paraguai de forma igualitária -, baseia-se nos princípios definidos na Convenção Internacional contra todas as Formas de Discriminação da Mulher e na “Plataforma de Ação”, da qual o Brasil e o Paraguai são signatários.

A atuação da Itaipu é em consonância com a Secretaria da Mulher da Presidência da República do Paraguai e com a Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República do Brasil; com o Comitê Permanente para as Questões de Gênero do Ministério de Minas e Energia e Empresas Vinculadas; e com o que estabelecem a ONU Mulher e o Pacto Global da ONU para o Empoderamento das Mulheres.

O Programa de Incentivo à Equidade de Gênero está estruturado em três eixos: corporativo, sociocomunitário e de relações institucionais. Ele se fundamenta nos indicadores de sustentabilidade assinados pela Itaipu, nas Metas do Milênio e no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres da Presidência da República do Brasil.

Os indicadores de sustentabilidade do Pacto Global, GRI, GRI Setorial, Ibase, Ethos, ISE e Índice de Sustentabilidade da Dow Jones (DJSI) são referências do Programa, uma vez que todos eles incluem questões sobre equidade.

Desde sua implantação, o Programa obteve uma série de conquistas, que beneficiaram tanto as mulheres quanto os homens, incluindo mudanças na estrutura física da empresa para melhorar as condições de trabalho e adoção de horário móvel. As mulheres aumentaram sua participação nos programas de capacitação e também nos espaços de decisão. O número de mulheres em postos de chefia aumentou de 10% para 22%. Elas também passaram a desempenhar funções antes exclusivamente masculinas, como em áreas técnicas, de segurança e medicina do trabalho, entre outras.

Também foi iniciativa do Programa o desenvolvimento de ações externas focadas no enfrentamento à violência contra as mulheres; no combate ao tráfico de mulheres na Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina); no apoio às ações de emprego e renda; e na organização das mulheres, particularmente nos municípios do entorno do reservatório da usina de Itaipu.

No eixo das relações institucionais, a empresa também promove ações para o desenvolvimento e fortalecimento das mulheres executivas e empreendedoras paranaenses, em conjunto com outras empresas públicas e privadas sediadas no Estado, por meio do Espaço Mulheres Executivas do Paraná (MEX-Paraná).

A empresa integra o Grupo Internacional de Altas Lideranças para discussão dos WEPs (em inglês) - Princípios de Empoderamento das Mulheres: igualdade significa negócios, iniciativa da ONU Mulheres e Pacto Global da ONU; faz parte do Comitê Permanente para as Questões de gênero do Ministério de Minas e Energia e Empresas vinculadas; e da coordenação do Ciclo de Encontros Regionais para o Fortalecimento da Equidade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho.