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Meio Ambiente
Itaipu e Estado vão adotar metodologia premiada do Cultivando Água Boa no Rio Iguaçu
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08/08/2017

Metodologia reconhecida mundialmente com o prêmio ONU-Water em reconhecimento ao trabalho socioambiental de recuperação de microbacia desenvolvido pela Itaipu Binacional, o Cultivando Água Boa vai ser adotada também na recuperação do Rio Iguaçu. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 8, no gabinete do governador Beto Richa, no Palácio Iguaçu. Numa primeira etapa, 49 municípios lindeiros deverão participar das ações de conscientização ambiental em prol do rio.

Itaipu adota uma política voltada à sustentabilidade, que começa na própria usina e seu entorno e vai além dos limites do seu reservatório. Ela busca incentivar os poderes públicos, a iniciativa privada e a população em geral a utilizarem o que está na natureza com os cuidados que se exige de bens finitos, se mal explorados.

O Cultivando Água Boa  é um programa fundamentado em documentos nacionais e planetários que contempla diversas ações socioambientais relacionadas com a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, e com a promoção da qualidade de vida nas comunidades da Bacia Hidrográfica do Paraná 3.

Além do governador, da vice-governadora, Cida Borghetti, e do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, participaram da solenidade os secretários da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; da Cultura, João Luiz Fiani; da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior; e para Assuntos Estratégicos, Edgar Bueno, os presidentes da Sanepar, Mounir Chaowiche; da Copel, Antonio Guetter; e da Adapar, Ignácio Kroest. Cida Borghetti coordena o comitê de revitalização do rio.

Experiência exemplar

Segundo Richa, a experiência da Itaipu (replicada no Brasil todo e em vários países do mundo) vai ajudar a ampliar o trabalho de educação ambiental nos municípios já desenvolvido em parceria com gestores locais, prefeitos, vereadores e sociedade civil. “Agora a Itaipu também participa desse esforço conjunto em prol da maior bacia hidrográfica do Paraná”, ressaltou.

A vice-governadora lembrou que a iniciativa do Governo do Paraná será apresentada no Congresso Mundial de Águas, que acontecerá em março de 2018, em Brasília. “Em breve entregaremos à população do Paraná esse rio limpo, revitalizado e com a recomposição de sua mata ciliar”, disse.

Desenvolvido desde 2003 na Bacia do Rio Paraná, onde está instalada a Hidrelétrica de Itaipu, o programa CAB inclui ações como a recuperação de microbacias, proteção das matas ciliares e projetos de educação ambiental que envolvem escolas, ONGs, prefeituras e grupos da sociedade civil.

A bacia do Rio Iguaçu é a maior do Paraná, com 1.320 quilômetros de extensão e abrange 113 municípios. Além de ser utilizado para a agricultura, abastecimento de água, o rio é também responsável por 70% da energia gerada pela Copel. “Os cuidados preconizados pelo Cultivando Água Boa podem ser replicados no projeto do Rio Iguaçu. São ações educativas voltadas à conscientização da população com relação ao esgoto e os cuidados com as águas fluviais”, disse o diretor-geral da Itaipu.

Para o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, a educação ambiental é imprescindível para que a preservação do rio se mantenha ao longo dos anos. “Toda a ação de recuperação é válida, mas precisamos fazer com que as pessoas não contaminem os rios. Precisamos ter a consciência de que toda a conservação é necessária, do solo, das matas e das nascentes, para que rios grandes, como o Iguaçu, não sejam contaminados”.

AVANÇOS - Em pouco mais de dois anos, 400 mil mudas de árvores nativas foram plantadas nas três bacias que compõem o rio – Alto, Médio e Baixo Iguaçu. Também foram estabelecidos 600 pontos de monitoramento da qualidade da água ao longo da extensão do rio e recolhidos 500 mil toneladas de lixo do Rio Pequeno, um dos afluentes do Iguaçu, localizado em São José dos Pinhais.