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Meio Ambiente
Itaipu Binacional apresenta projetos ambientais no V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação
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14/06/2007

A Itaipu Binacional vai apresentar experiências bem sucedidas em projetos voltados ao meio ambiente no V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que começa neste domingo (17), em Foz do Iguaçu. O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, fará uma palestra sobre o “Corredor da Biodiversidade de Santa Maria”, e o diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, falará sobre “O que uma hidrelétrica pode fazer pelo meio ambiente”.

 

O congresso é promovido pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e terá quatro dias de duração. Na edição deste ano, o evento abrigará também o Simpósio Internacional de Conservação da Natureza, além de dar continuidade à II Mostra de Conservação da Natureza.

 

Corredor de Biodiversidade

 

O projeto Corredor de Biodiversidade foi criado para que as áreas de proteção existentes na região Oeste do Paraná não se tornem verdadeiras ilhas. Tratam-se de faixas (corredores) de mata conectando essas áreas, o que permite às espécies animais ampliar a sua área de circulação e garantir a sua sobrevivência. O ‘efeito ilha’ dificulta o fluxo genético da flora e da fauna, e essa situação pode resultar em populações inviáveis e até mesmo na extinção de espécies. “Daí a nossa preocupação em ter um projeto que integre os remanescentes de mata nativa dessa região”, afirma Samek.

 

O alcance desse projeto é trinacional. Com a participação de parceiros como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Ibama, instituições de ensino e pesquisa e organizações governamentais e não-governamentais, ele abrange unidades de conservação não apenas em território brasileiro, mas também no Paraguai e na Argentina.

 

Um exemplo bem sucedido dessa iniciativa é o Corredor da Biodiversidade de Santa Maria. Liga o Parque Nacional do Iguaçu ao Parque Nacional da Ilha Grande e à faixa de proteção do reservatório e tem quase 100 hectares de mata nativa preservada. Os trabalhos nesse corredor tiveram início em junho de 2003, com a construção de cercas de divisa e reflorestamento com essências nativas da região. Do total de 70 quilômetros de cercas, foram construídos até o momento 44 e reflorestados 32 hectares, com o plantio de mais de 50 mil mudas. A fase de recuperação florestal tem o seu término previsto para o final deste ano.

 

Ao todo, Itaipu preserva 108 mil hectares de florestas em sua área de influência, divididos em Reservas, Refúgios Biológicos e Faixa de Proteção do Reservatório. Essas ações fazem parte do programa Cultivando Água Boa, que será detalhado na palestra do diretor Nelton Friedrich. O programa é internacionalmente reconhecido como um dos mais completos do mundo, porque abrange desde ações de recuperação do passivo ambiental (limpeza das microbacias, tratamento de efluentes da atividade agropecuária, incentivo a técnicas sustentáveis de manejo agrícola), passando pela preservação da biodiversidade (como a construção do Canal da Piracema, que permite a migração de peixes ao longo do Rio Paraná) e pela educação ambiental.

 

Para por em prática 70 projetos e 108 ações desenvolvidas nos 29 municípios integrantes da Bacia Hidrográfica do Paraná III, que compreende a região do reservatório da Itaipu, a empresa conta com o apoio de 1.247 parceiros. “O Cultivando Água Boa é uma verdadeira revolução cultural nessa região, porque promove uma nova forma de relacionamento da população que reside no Oeste do Paraná com o meio ambiente”, diz Friedrich.