Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Institucional
Itaipu apresenta panorama do setor elétrico brasileiro na Expo Milão
Tamanho da letra
09/10/2015
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, apresenta neste sábado, 10, um panorama do setor elétrico nacional, no pavilhão do Brasil na Expo Milão 2015, na cidade italiana de Milão.  Representando o governo brasileiro, ele abre a programação do dia, às 15 horas, do seminário Território, Água, Energia e Alimento, com dados sobre a geração de eletricidade no Brasil, uma das mais limpas do planeta. 
 
Samek também mostrará como a Itaipu, a maior geradora de energia limpa renovável do mundo, está diretamente conectada ao tema da Carta de Milão. O documento, apoiado por diversos líderes mundiais, estabelece a necessidade de se buscar a segurança alimentar e o incentivo a programas sociais contra a fome.
 
Energia limpa
 
Com base em dados do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica, o diretor-geral brasileiro de Itaipu vai informar que, dos 135 mil megawatts (135) de capacidade instalada para a produção de energia elétrica no País, apenas 26 mil MW (menos de 20%) são gerados por usinas termelétricas, que utilizam principalmente gás ou óleo combustível.
 
A hidroeletricidade, energia limpa e renovável, corresponde a 66% da matriz elétrica brasileira. E outras fontes limpas, como a eólica, estão em franco crescimento. Só para comparar, em 2008 a geração eólica era de apenas 247 MW. Em 2015, saltou para 5.833 MW, um crescimento de 2.261%.
 
Outra fonte renovável que cresceu muito, nos últimos sete anos, foi a geração a partir da biomassa. No total, passou de 4.193 MW em 2008 para 12.415 MW em 2015, um aumento de 196%. Mesmo a geração solar, que ainda tem um custo muito alto de implantação, já começa a aparecer na matriz do sistema elétrico brasileiro. Não havia geração nenhuma em 2008, mas agora aparece com 15 MW. Em porcentual, ainda é insignificante, mas sinaliza uma possibilidade para o futuro.
 
Planejamento
 
O Ministério de Minas e Energia prevê que, de 2015 a 2018, o Brasil irá contratar mais 31.500 MW de potência, dos quais quase 85% correspondem à geração de energias renováveis. Para 2024, a previsão é de um crescimento médio anual de 10% na geração por eólicas, pequenas centrais elétricas, termelétricas a biomassa e solar, passando de 20,9% de participação dessas fontes no parque de geração do sistema elétrico brasileiro, em 2018, para 27,3%, em 2024.
 
Pelo seu gigantismo, o potencial brasileiro para a produção de energia elétrica tem características regionais fortes. Nas regiões Nordeste e Sul, por exemplo, há maior potencial para a geração eólica; a biomassa tem maior potencial no Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as plantações de cana de açúcar; e no Norte estão os grandes aproveitamentos hidrelétricos que ainda podem ser explorados, como as hidrelétricas do Rio Xingu, do Rio Madeira e do complexo Tapajós.
 
Com os novos empreendimentos hidrelétricos, somados aos investimentos em linhas de transmissão, a meta do governo brasileiro é chegar a 2018 com um sistema elétrico ainda mais robusto, com custos declinantes e tarifas competitivas internacionalmente.
 
Exemplos de Itaipu
 
A Itaipu Binacional é a principal referência do governo brasileiro para os novos projetos hidrelétricos. Embora seu projeto seja de uma época em que a preocupação ambiental era praticamente nula, Itaipu sempre deu atenção a essa questão. Desde 1979, quando o reservatório da usina foi formado, foram plantados mais de 44 milhões de mudas nas margens brasileira e paraguaia da usina. É o maior programa de reflorestamento do mundo já feito por uma hidrelétrica. O principal programa socioambiental de Itaipu, o Cultivando Água Boa, criado em 2003, é referência não só para o setor elétrico brasileiro, como obteve da ONU o prêmio como a melhor prática de gestão hídrica do mundo.
 
Jorge Samek lembra que o governo brasileiro vai aproveitar a experiência do Cultivando Água Boa para a recuperação dos reservatórios do Centro Sul do País, a grande caixa d´água do setor elétrico do Brasil. O Ministério de Minas e Energia já anunciou a criação de um programa federal específico, destinado à recuperação ambiental das áreas de nossos reservatórios de hidrelétricas, com replantio, proteção de nascentes e outras medidas que ampliem a oferta de água nos reservatórios, tanto para geração de energia, quanto para o uso humano e os demais usos múltiplos da água.
 
O Programa Cultivando Água Boa também será um dos destaques na Expo Milão. O diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, apresentará o programa no domingo, segundo dia do seminário Território, Água, Energia e Alimento. O biometano também sera apresentado pelo superintendente de Energias Renováveis, Herlon Goelzer de Almeida.