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Turismo
Fotos de Marcos Sá Corrêa serão expostas no Ecomuseu de Itaipu
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18/03/2016

Apaixonado pela natureza, o jornalista e fotógrafo Marcos Sá Corrêa se embrenhou nas matas do Parque Nacional do Iguaçu durante um ano, onde produziu cerca de cinco mil fotos. Ali estão as Cataratas, em toda a sua exuberância, mas também animais de todas as espécies, inclusive insetos, das borboletas às aranhas, e até as pegadas deixadas por homens e bichos na mata. E é uma parte desse trabalho que será mostrada no Ecomuseu de Itaipu, na mostra Caminhos e Pegadas.

A abertura será no próximo dia 22, às 19h30, com a presença do próprio Marcos Sá Corrêa, que está em processo de reabilitação desde que sofreu um acidente doméstico, em fevereiro de 2011, quando bateu a cabeça ao cair da escada de sua casa. Marcos virá acompanhado da esposa, Ângela Maria Corrêa. Convidados especiais,como Kiko Brito, um dos fundadores da agência de notícias ambientais O Eco (os outros são o próprio Marcos e Sérgio Abranhes), e a colunista de O Globo DorritHarazim, entre outros, já confirmaram presença.

Segundo o superintendente de Comunicação Social de Itaipu, Gilmar Piolla, essa exposição é, ao mesmo tempo, uma homenagem a Marcos Sá Corrêa pela grande contribuição que ele deu ao parque, um patrimônio naturalda humanidade, com seus registros fantásticos, e também à população e turistas aos que visitarem Foz do Iguaçu. “Quem passar pelo Ecomuseu poderá conferir o legado deixado pelo Marcos, para as futuras gerações, sobre a história pura dos 185 mil hectares de Mata Atlântica mais preservados do Brasil traduzidos em imagens”, diz Piolla.

Mostra

No total, serão expostas 107 fotos, em duas salas, ligadas por um ambiente que as raízes estilizadas de uma árvore conduzem  o visitante entre os espaços. Cada foto, mais que o registro de um momento, de uma vida silvestre, traz a marca da paixão de um artista e também de um especialista na história da conservação dos parques nacionais do Brasil.

Marcos Sá Corrêa começou a estudar o Parque Nacional do Iguaçu em 2008, quando recebeu um convite para contribuir com o Projeto Memória das Cataratas, para a comemoração dos 70 anos da unidade de conservação, em janeiro do ano seguinte.

Na companhia do historiador Lorenzo Aldé, Marcos fez uma pesquisa “frenética” em busca de detalhes históricos, como conta o ex-chefe do Parque Nacional do Iguaçu Jorge Pegoraro. Ele ouviu pesquisadores, funcionários e administradores do parque, pioneiros e historiadores. O resultado foi o livro “Meu vizinho o Parque Nacional do Iguaçu”, em coautoria com Lorenzo Aldé.

Depois disso, estava conquistado pela natureza da região. Pediu – e conseguiu – autorização da direção do parque para se dedicar a produzir suas próprias fotos e textos sobre os 185 mil hectares de Mata Atlântica mais preservados do Brasil. Embrenhou-se na selva com seus equipamentos, um bloco de anotações e duas barras de cereais, e lá passava o dia inteiro, conta Pegoraro.

Os textos e fotografias que produziu eram publicados em seu blog e em edições jornalísticas especiais. “Entre borboletas, aves, fungos, animais selvagens e uma floresta inteiramente preservada a ser cotidianamente 'explorada' de forma racional, além, é claro, de muita água distribuída entre centenas de quedas, Marcos registrou, em um ano de trabalho e aventura, mais de cinco mil fotografias”, conta ainda Pegoraro. Sobre as fotos, Marcos dizia apenas que eram “boas”.

Os organizadores da exposição contam que tiveram muito trabalho para selecionar as fotos, porque o material era excelente. Marcos pouco pôde contribuir, devido a seu estado de saúde. Mas o público poderá conferir o resultado de suas aventuras no Parque Nacional do Iguaçu e verificar que suas imagens representam a esperança de que um dia o homem saberá respeitar a natureza, ao perceber a beleza em cada detalhe, do voo das borboletas e dos pássaros à pegada de homens e bichos que trilham os mesmos caminhos no meio da mata.

Serviço

Mostra Caminhos e Pegadas, de Marcos Sá Corrêa
Data: a partir de 22 de março de 2016 (ficará em cartaz por pelo menos seis meses)
Local: Ecomuseu de Itaipu (Avenida Tancredo Neves, 6001 – Foz do Iguaçu. Telefone: 0800 645-4645)
Horário: terça a domingo, das 8h às 16h30
Preços: R$ 10 (integral) e R$ 5 (meia-entrada). Entrada gratuita para moradores de municípios lindeiros, crianças de 0 a 6 anos e pessoas com deficiência. Idosos pagam meia.
Mais informações: www.turismoitaipu.com.br