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Fim de semana terá vertimento "gigantesco" na Itaipu
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26/02/2016
Espetáculo em Itaipu, espetáculo nas Cataratas. Neste fim de semana, em Foz do Iguaçu, as águas vão dar um show a mais nos rios Paraná e Iguaçu. É uma boa oportunidade para visitar os dois principais atrativos da região de fronteira.
 
Na usina de Itaipu, o vertimento deve atingir proporções “gigantescas”, com uma vazão prevista de mais de 10 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s), com possibilidade de ser aberta a segunda calha do vertedouro - são três, no total. Já no Parque Nacional do Iguaçu, as quedas d´água devem mais que triplicar de volume. A vazão prevista é de 5 mil m³/s, quando o normal é entre 1.200 e 1.500 m³/s.
 
Neste sábado (27), o vertedouro da usina deve escoar 9.268 m³/s, enquanto no domingo (28) o escoamento programado é de m³ 10.053 m³/s. Há pelo menos um mês, a usina não vertia nessas proporções. O último grande vertimento foi no dia 24 de janeiro, quando foram escoados 8 mil m³/s.
 
Ao longo de fevereiro, o volume de água vertida – que é aquela não utilizada para movimentar as turbinas e gerar energia elétrica – ficou bem abaixo da média de janeiro. As exceções foram justamente os dois últimos dias, quinta e sexta-feira (25 e 26), com o escoamento de mais de 7 mil m³/s. O vertedouro deve ficar aberto por pelo menos mais uma semana.
 
Cheia e monitoramento
 
A usina está produzindo em capacidade máxima, mas mesmo assim a água que chega ao reservatório é superior à necessária para a produção, devido à cheia do Rio Paraná. Como não é possível ser armazenada, o excedente é escoado pelo vertedouro.
 
A cheia é consequência dos efeitos do El Niño, fenômeno que altera o regime hidrológico no Brasil e, este ano, trouxe mais chuvas para várias regiões do Brasil, principalmente o Sul e, nos últimos meses, também o Sudeste.
 
Na região da Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil com o Paraguai, o nível do rio está quatro metros acima do normal. No bairro paraguaio San Rafael, mais de 50 casas foram afetadas.
 
A Itaipu mantém uma Comissão de Cheia mobilizada. Boletins hidrológicos são emitidos diariamente com o monitoramento dos rios e avisos de alertas para a defesa civil dos dois países.