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Meio Ambiente
Encontro em Foz cria rede mundial de boas práticas da água
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17/09/2015

A Itaipu Binacional, por meio do Programa Cultivando Água Boa, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vão ajudar o governo brasileiro a criar uma rede internacional de boas práticas da gestão dos recursos hídricos com participação social. Esse apoio é um dos principais encaminhamentos do “Encontro de experiências pioneiras e inovadoras de iniciativas sociais na gestão da água”, que reuniu representantes de 18 países em Foz do Iguaçu, nesta quarta (16) e quinta-feira (17).

“O papel da rede é muito mais de articulação e de compartilhamento. Inicialmente, pretende-se identificar as iniciativas que já existem e potencializar o seu alcance. Não queremos criar mais um organismo que vai sobrepor responsabilidades”, explicou o diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich. Segundo ele, os detalhes de como se dará o apoio do Brasil à rede ainda serão definidos pelas instituições presentes no encontro.

“Com a rede, o prêmio [Water for Life], que é um retrato momentâneo das melhores práticas naquele ano, passa a ter um legado duradouro, uma vez que essas iniciativas vão sendo fortalecidas”, conclui o diretor. O Programa Cultivando Água Boa, coordenado por Friedrich, foi o ganhador do prêmio Water for Life em 2015, na categoria um.

Organizado pela ONU Água, o encontro em Foz do Iguaçu reuniu ganhadores do prêmio Water for Life, que reconhece as melhores práticas de gestão da água no mundo. Nestes dois dias, organizações de todos os continentes apresentaram suas soluções para o enfrentamento de problemas relacionados à escassez de água e às mudanças climáticas.

Projetos fortalecidos

De acordo com Josefina Maestu, diretora do programa Década Internacional para a Ação: “Água, fonte de vida” (2005-2015), das Nações Unidas, o evento foi uma oportunidade para fortalecer as iniciativas premiadas, que muitas vezes se encontram isoladas. “São projetos que têm em comum o fato de serem práticas participativas, de engajamento social”, afirmou Josefina. “Agora em rede, essas práticas fomentam novos projetos-piloto em outras localidades. É um projeto ambicioso, mas absolutamente necessário”, concluiu.

O representante da África do Sul, Mandla Malakoana, afirmou estar extremamente satisfeito com os resultados do encontro inédito que reuniu as melhores práticas de gestão da água do mundo. O Programa de Sensibilização e Participação Comunitária nos Temas de Água e Saneamento em eThekwin, na província de Durban, África do Sul, representado por ele, venceu Water for Life em 2015, categoria dois.

“Levarei para meu país o entusiasmo renovado de trabalhar para que as questões da água sejam de domínio público, e não uma commodity. É importante que cada pessoa, cada família, saiba como pode contribuir para uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos”, disse.