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Em treino aberto, seleção sul-coreana sente o carinho da torcida
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11/06/2014

Bandeiras na mão, olhos vidrados no gramado e um sorriso indisfarçável no rosto. O importador Alexi Park viveu um dia especial, nesta quarta-feira (11), em Foz do Iguaçu. Fã de futebol, o sul-coreano morador de Ciudad del Este foi um dos 800 torcedores que assistiram ao treino aberto da seleção da Coreia do Sul, no Centro de Treinamento de Seleções (CTS) do Estádio Pedro Basso (Flamenguinho). “Nunca imaginei ter essa oportunidade”, disse Park, ao lado da mulher, na arquibancada novinha em folha.
 
O treino aberto ao público aconteceu poucas horas após o desembarque da seleção sul-coreana em Foz do Iguaçu. O evento atraiu muitos jornalistas, do Brasil e da Coreia do Sul, além de iguaçuenses e imigrantes asiáticos moradores da região de fronteira. Eles puderam ver de perto os jogadores que, na próxima terça-feira (17), às 19 horas, farão sua estreia na Copa do Mundo 2014 contra a Rússia, em Cuiabá (MT).
 
Foi também um treino de reconhecimento, o primeiro dos sul-coreanos na estrutura oferecida por Foz do Iguaçu para recebê-los. Para não exigir demais dos atletas após a chegada dos Estados Unidos, onde houve um amistoso contra a seleção de Gana, a comissão técnica optou por um trabalho simples: leve treino físico seguido de ensaios táticos, com a bola rolando.
 
Foi o que bastou para alegrar o público e fazê-lo balançar as bandeirinhas distribuídas no local. “Meu filho Luigi, de 9 anos, está adorando isso aqui”, disse a fonoaudióloga Luciana Hespanhol, moradora de Foz. Além do filho, ela estava acompanhada da amiga Margarete Eberhardt, técnica em saúde bucal que, após meses acompanhando as obras passando em frente ao Pedro Basso, finalmente matou a curiosidade. “Ficou tudo muito lindo.”
 
Para o paraguaio Jae Jun, descendente de sul-coreanos, importador e morador de Ciudad del Este, a chance era única e não poderia ser desperdiçada. “Tinha que vir, de qualquer jeito”, afirmou, ao lado da mulher, da filha e de um amigo. Jun tentou comprar ingresso para o jogo da Coreia do Sul contra a Bélgica, em São Paulo (SP), sem sucesso. “Tinham confirmado a compra, mas depois que comprei a passagem de avião e tudo meu nome saiu da lista. Mesmo assim vamos para São Paulo, passear.”
 
Para Alexi Park, que há 29 anos ele deixou sua cidade natal, Seul, capital da Coreia do Sul, para tentar a vida do outro lado do planeta, o calor do apoio de tantos imigrantes no Flamenguinho dará sorte a sua seleção. Para ele, os tigres passarão da primeira fase. “Acho que dá para chegar pelo menos até as quartas-de-final."
 
A abertura do treino atende a uma recomendação da Fifa. A entidade determina que todas as seleções façam pelo menos um treino aberto ao público durante a preparação para a Copa do Mundo, como forma de agradecimento aos anfitriões. Em Foz, o acesso foi restrito a 800 pessoas, capacidade fixada pelo Corpo de Bombeiros.
 
A Coreia do Sul está no grupo H, ao lado de Argélia, Bélgica e Rússia. A melhor campanha da Coreia do Sul em Copas do Mundo foi em 2002, quando, jogando em casa, ficou em quarto lugar.
 
O apoio da Itaipu
 
O CTS do Flamenguinho foi construído seguindo rigorosas exigências da Fifa, como o sistema de drenagem e irrigação computadorizados. Foram feitos ainda novos vestiários para jogadores e comissão técnica, sala de fisioterapia, recuperadas as arquibancadas e instalada uma academia com equipamentos última geração, cedidos pela empresa Movement.
 
A execução das melhorias foi possível graças a uma parceria entre Itaipu, Fundo Iguaçu, Flamengo Esporte Clube, Plano de Saúde Itamed, Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, Movement, Cataratas do Iguaçu S/A, Macuco Safari e Chocolate Caseiro.