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Debate sobre gênero deve ser amplo, diz vice-secretária-geral da ONU
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31/10/2013

A vice-secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e vice-diretora mundial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebecca Grynspan, defendeu nesta quarta-feira (30), em Foz do Iguaçu (PR), que os debates sobre igualdade de gênero devem envolver não apenas as mulheres, mas toda a sociedade.

Rebecca participou de painel sobre o tema durante o 2º Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, que reúne cerca de 3 mil representantes de 60 países, com apoio de Itaipu Binacional.

Também integraram a mesa a diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff; a secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da Presidência da República, Tatau Godinho; e a diretora executiva da Fundação Business For Peace (Oslo), Anne Lene Hompland.

Rebecca lembrou que as mulheres, mesmo diante das crises econômicas, têm o poder de se organizar e buscar aproveitar as oportunidades. No entanto, segundo ela, o mundo ainda necessita de uma mudança cultural para que a equidade seja de fato incorporada pela sociedade.

“A melhor forma de desmobilização é crer que nada se pode fazer”, alertou a representante da ONU, sobre os desafios que ainda devem ser superados. “Não há nenhum país do mundo que conseguiu [alcançar] a equidade de gênero e o caminho é longo”, completou.

Tatau Godinho citou a experiência da própria Itaipu Binacional, que desde 2004 desenvolve um programa de incentivo à equidade de gênero na empresa. Nesse período, o porcentual de mulheres em cargos gerenciais na usina saltou de 10% para 22%.

“Acreditamos que as empresas são veículos para disseminar as mudanças”, afirmou Margaret Groff, que, em maio, ganhou o prêmio Oslo Business for Peace Award 2013 em reconhecimento às ações de equidade de gênero promovidas pela binacional.

“O prêmio trabalha para encontrar líderes em todo o mundo que geram esperança e energia; e que possam inspirar outras pessoas”, explicou Anne Lene Hompland, da Fundação Business For Peace.

Margaret Groff disse que o painel foi de alto nível, reunindo referências mundiais na questão de gênero, e que as discussões indicaram caminhos para melhorar as ações e alcançar os objetivos.

“Nós precisamos agora mexer com as empresas. Esse é um sentimento que eu tenho e que percebi ao longo da nossa caminhada”, afirmou a diretora, citando o Prêmio WEPs Brasil 2014 – Empresas empoderando mulheres, lançado em julho, em São Paulo, por Itaipu e a empresa Tempo de Mulher.

“Quando ocorre um painel como esse, o empresário geralmente manda para as discussões a diretora, a superintendente ou a gerente, porque acha que é um assunto de mulher. Não é. Equidade de gênero é assunto da empresa, da sociedade. E é essa a mudança de cultura que nós queremos atingir quando falamos do nosso prêmio WEPs Brasil 2014”, concluiu Margaret.

Logo após o painel, uma nova mesa sobre o mesmo tema foi formada reunindo Phillis Jhonson, da International Women’s Coffee Alliance IWCA África; Inés Mendoza, da Asociación Cooperativa Internacional ACI Américas; Moema Vieezer, consultora socioambiental; e Julia Espinosa Fajardo, do Observatorio de Género y Desarrollo da Universidad Pablo Olavide, de Sevilha (Espanha).

Responsabilidade social corporativa em debate

Outro debate também teve a participação da Itaipu, na manhã desta quarta-feira, durante o fórum. A assessora de Responsabilidade Social da margem esquerda da binacional, Heloisa Covolan, foi a moderadora do painel “Responsabilidade Social Corporativa”.

O encontro reuniu representantes do Ministério do Trabalho e Emprego da Argentina, Eletrobras, Fundação Getúlio Vargas e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Durante o painel foram ouvidas as experiências de cada uma das entidades, destacados os pontos em comuns e o que ainda precisa ser feito para que as empresas colaborem com o desenvolvimento das regiões onde estão instaladas.

O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse que, embora o negócio da Eletrobrás seja a energia, que por si só já propulsiona o desenvolvimento, a empresa mantém programas para beneficiar a vida de seus funcionários e a comunidade.

“O nosso negócio não se sustenta sem o cuidado com as pessoas do nosso entorno. Quando a comunidade se sente valorizada pela empresa, ela é a principal defensora e apoiadora de seus projetos”, disse Carvalho Neto.