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Concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná consolida o resgate do Natal de Foz no Gramadão
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17/12/2017

A apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) na noite desse sábado (16), em Foz do Iguaçu (PR), rememorou os grandes tempos do Natal do Gramadão da Vila A, que voltou a receber a programação natalina após um hiato de 13 anos. O concerto emocionou o público presente no local, de quase 3 mil pessoas, muitas delas espectadores de uma orquestra ao vivopela primeira vez.

Neste domingo (17), às 20h30, os músicos da OSP voltam ao mesmo palco para o encerramento da programação natalina e gratuita no local. Toda a comunidade está convidada. O show será transmitido pela TV E-Paraná (TV Educativa), via satélite para todo o Brasil e pela internet, no endereço www.e-parana.pr.gov.br. Depois desta data, o Natal de Foz prossegue até sexta-feira (22) com atrações na Praça da Paz.

Durante três fins de semana seguidos, o Gramadão recebeu espetáculos culturais de encher os olhos da plateia, iniciados com o balé acrobático da Cia Sorriso com Arte, de Santa Maria (RS), no dia 2 de dezembro. Foi o suficiente para despertar memórias da época áurea do Natal do Gramadão em pessoas como a atendente Priscila Conte Bresolin Wilhelm, 26 anos, que acompanhou toda a agenda deste espaço.

“Na minha infância eu vinha ver o Papai Noel aqui. Quando o Natal saiu do Gramadão senti muita falta. Agora que ele voltou, com atrações lindas, viemos todos os fins de semana”, celebrou a jovem, que esteve acompanhada da mãe, Idília Conte, e do marido, o multi-instrumentista Eduardo Luiz Wilhelm. “Para mim, é muito legal ver uma orquestra”, disse o jovem, que toca viola, violão, baixo e bateria.

O resgate do espírito natalino, com opções fora do centro, é resultado de uma parceria entre a Itaipu Binacional e a Prefeitura de Foz, que compuseram juntas o Natal de Foz em 2017. “Resolvemos dar as mãos para que o Natal reunisse as famílias. Esta união de forças permitiu que renascesse no iguaçuense o sentido de pertencimento deste evento”, afirmou o prefeito de Foz, Chico Brasileiro, minutos antes da apresentação da orquestra.

Em mensagem lida ao público do Gramadão, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, afirmou ter “uma grande satisfação por ter contribuído para que Foz do Iguaçu tivesse a festa natalina que a cidade merece”. Na ocasião, Itaipu foi representada pelo assessor da Diretoria-Geral Brasileira, Alexandre Teixeira, e pela chefe da Assessoria de Comunicação Social, Patrícia Iunovich.

A primeira-dama e coordenadora da comissão organizadora do Natal de Foz, Rosa Maria Jerônimo, e o diretor-presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, participaram do evento.

A noite também foi especial para os profissionais da orquestra, que esteve sob a regência de Marcos Arakaki. Durante o show, o maestro questionou o público quem estava acompanhando uma filarmônica pela primeira vez e ao vivo. As dezenas de mãos levantadas comoveram o regente, que fez questão de explicar à plateia curiosidades sobre instrumentos como o oboé, peça fundamental para a afinação. “Para nós, foi emocionante estar diante de pessoas que nunca tinham visto uma apresentação de música erudita”, disse Arakaki.

Aos 59 anos, a costureira Alzira Ceriolli pôde finalmente realizar o sonho de ver pessoalmente uma sinfônica. “Amo música mais que qualquer coisa e sempre assisto pela TV, mas até hoje nunca tinha tido esta chance”, comemorou. Nilsa Seide, 68 anos, era outra ansiosa pelo espetáculo. “É fantástico ter esta oportunidade aqui”, disse a aposentada, que havia assistido à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre uma única vez, no passado.

Erudito e popular

A OSP veio à Foz do Iguaçu com 59 músicos e na formação clássica, composta pelos instrumentos de cordas, madeiras, metais e de percussão. São nove “primeiros violinos”, oito “segundos violinos”, sete cellos, cinco contrabaixos e uma harpista. Completam a formação quatro trompas, duas flautas, dois oboés, dois clarinetes, dois fagotes, dois trompetes, três trombones, uma tuba, um tímpano e a percussão.

Para todos os gostos

Mesmo erudito, o repertório escolhido para os dois dias é repleto de composições conhecidas do público. Entre elas, estão peças como Danúbio Azul, de Johann Strauss; Jesus Alegria dos Homens (Cantata 147), de Johann Sebastian Bach; Natal Branco, de Irving Berlin (arranjo de Roberto Tibiriçá) e Valsa das Flores (Quebra Nozes ballet), de Pieter I. Tchaikowsky.

 

O carteiro Abidênio Medeiros reconhece o concerto como um presente para o seu fim do ano. “Nunca tinha visto uma orquestra, nem nada igual. Foi lindo, espetacular, maravilhoso mesmo. Vai fechar com chave de ouro este meu 2017”.