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Tecnologia
Cidades Digitais é lançado em Toledo. Itaipu e FPTI são parceiras
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19/03/2015

Os cidadãos de Toledo, no Oeste do Paraná, já estão mais integrados à aldeia global. Nesta quinta-feira (19), o diretor do Departamento de Infraestrutura para Inclusão Digital do Ministério das Comunicações (MiniCom), Américo Tristão Bernardes, esteve no município para inaugurar a segunda Cidade Digital do Estado. A cerimônia de assinatura do termo de doação de infraestrutura à cidade foi no Centro Cultural Ondy Helio Niederauer.

A Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) são parceiras do Cidades Digitais por meio do Programa Oeste em Desenvolvimento, podendo apoiar os municípios fornecendo treinamento, desenvolvendo softwares livres e repassando equipamentos.  “Hoje, não se pode mais dizer que governar é construir estradas. Governar é estar conectado, globalizado. E Toledo saiu na frente”, disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.

Além dele e do representante do MiniCom, também participaram da cerimônia o diretor de Coordenação da Itaipu e cidadão honorário de Toledo, Nelton Friedrich; o superintendente da FPTI, Juan Sotuyo; e o prefeito de Toledo, Luis Adalberto Pagnussatt, entre outras autoridades, vereadores e servidores municipais.

Toledo foi uma das 262 localidades do país escolhidas para fazer parte da primeira fase do Cidades Digitais. “Essa participação não foi uma ‘dádiva’ do Governo Federal, e sim o resultado de um esforço do município, que tratou o projeto com seriedade e competência”, avaliou Bernardes.

“Democratizar a informação é o nosso objetivo. Queremos levar às pessoas conteúdos que transformem suas vidas”, disse o prefeito Pagnussatt. “Toledo já tem seis instituições de ensino superior e em breve teremos um campus da UFPR. Para crescer, é preciso informação e educação.”

Na prática

Toledo recebeu um anel de fibra óptica de 14 km que interliga 18 órgãos e quatro locais de acesso públicos, num investimento de R$ 680 mil que beneficiará os 128 mil moradores do município. Além do anel, a rede das Cidades Digitais viabiliza instalação de equipamentos e softwares, suporte técnico e aplicativos nas áreas de saúde, educação e gestão financeira e tributária, e pontos gratuitos de wi-fi para a população.

O objetivo do programa Cidades Digitais é modernizar a gestão, ampliar o acesso aos serviços públicos e promover o desenvolvimento dos municípios brasileiros por meio da tecnologia.

Atualmente, existem 43 Cidades Digitais em funcionamento no Brasil, sendo duas no Paraná: Toledo e Ibiporã, contemplada em 2014. O programa já investiu mais de R$ 44 milhões em todo o País.

Em Toledo, a chegada da rede possibilitou diversos outros projetos, como instalação de câmeras de monitoramento, processamento rápido de infrações de trânsito e unificação de cadastros do sistema de saúde. Segundo o diretor de Informática da Prefeitura da cidade, Robson Vozniaki, a implantação trará também uma economia significativa aos cofres públicos. “Os custos com telefonia e internet devem cair mais de 50%”, estimou.

Cooperação

No dia 29 de dezembro do ano passado, o Diário Oficial da União publicou um acordo de cooperação entre Itaipu, FPTI e o Ministério das Comunicações para a instalação de um condomínio de datacenters no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de serviços de tecnologia da informação, conteúdos digitais, aplicativos e datacenters em áreas de relevância estratégica do Brasil, inclusive as regiões de fronteira.

O acordo prevê a criação de um grupo de trabalho com representantes das três instituições, para desenvolver o Programa de Incentivo a Datacenters, que visa basicamente promover a adoção ampla de serviços de tecnologia da informação; estimular a ampliação da conectividade do Parque Tecnológico Itaipu; e incentivar o desenvolvimento no Brasil de aplicativos e serviços em nuvem.

Segundo o chefe da Assessoria de Informações da Itaipu (IN.GB), Carlos Roberto Sucha, articulador do projeto por parte da binacional, futuramente os programas de Incentivo a Datacenters e o Cidades Digitais podem se correlacionar.

“Uma das nossas principais expectativas ao trazer esse condomínio é facilitar a interconexão direta, em banda larga, com os países sul-americanos, tendo em vista que, atualmente, a conexão é feita com os Estados Unidos, para depois voltar ao Brasil”, explica Sucha. “Outra é dar suporte e facilitar o desenvolvimento de programas como o Cidades Digitais em municípios da região que precisem de infraestrutura de dados e apoio técnico.”