Sábado foi dia de festa na reserva indígena Tekoha Añetete, em Diamante D’Oeste. Cerca de 200 pessoas – entre índios da aldeia e grupos de estudantes, idosos e da comunidade em geral do município e cidades vizinhas, participaram da Caminhada da Natureza - circuito avá-guarani.

Caminhada reuniu gente de Toledo, Foz do Iguaçu e Santa Helena

A caminhada é a primeira atividade da Semana Cultural Indígena. De amanhã até o dia 18, as comunidades indígenas do IItamarã e do Ocoy vão receber estudantes e grupos organizados (pré-agendados), para mostrar o artesanato, a sua alimentação e fazer apresentações culturais e até a medicina natural.

O dia da caminhada

No sábado, o tempo colaborou e a disposição dos participantes ainda mais. Para receber os visitantes, os índios capricharam no visual e também na exposição do artesanato, comida e produtos típicos. Os visitantes adoraram.

Um dos cicerones da festa foi Vicente Campos, de 40 anos. O índio foi um dos primeiros a se oferecer como voluntário para garantir a boa recepção dos convidados. Vicente participou da limpeza do local: recolheu o lixo, roçou o terreno e, ainda, estimulou os outros integrantes da comunidade indígena a preparar a reserva para a Caminhada da Natureza. E se orgulha dessa trabalheira toda. Valeu a pena.

“Essa integração é muito importante. É bom que as pessoas conheçam como o índio vive; sua forma de sustento, do que se alimenta e artesanato local”, disse Vicente. E acrescentou: “a Caminhada da Natureza e o turismo na aldeia promovem nossos produtos. E isso é muito bom para nós”.

Nos 8,5 quilômetros, os participantes percorreram trilhas com subidas e descidas dentro da mata nativa. Pausa só mesmo no final para conhecer o artesanato e experimentar a comida local. E ninguém reclamou de cansaço.

A caminhada reuniu pessoas de Toledo, Foz do Iguaçu e Santa Helena, entre elas funcionários da Emater, grupos da terceira idade de Foz e região, da Unioeste/campus de Toledo, da Linha Ecológica e estudantes de Diamante d’Oeste, entre outros.

Nem os problemas de coluna fizeram a aposentada Ilda Mariano Senesine, de 67 anos, de Diamante d’Oeste, desistir do circuito. Ela, que faz parte de um grupo da terceira idade, disse que a caminhada é um ótimo exercício. “Faz bem para o corpo e para a mente”.