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Responsabilidade Social
Brasil e países de fronteira discutem como deter pandemia de influenza
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23/08/2006

Um comitê formado por representantes da Itaipu Binacional, dos Ministérios da Saúde do Brasil e do Paraguai, da Organização Panamericana de Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência (Unicef), discutiu ontem a forma de unificar e melhorar as ações de prevenção e combate ao vírus da influenza aviária na tríplice fronteira,  que está se espalhando rapidamente em todo o mundo devido à migração e ao comércio de aves para consumo humano. 

 

A reunião foi durante o 2º Seminário Binacional sobre Humanização na Saúde, realizado ontem pela Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu. O seminário contou com a participação do coordenador de Política Nacional de Humanização (PNH) do Ministério da Saúde do Brasil, Adail de Almeida Rollo, do diretor de Serviços de Saúde do Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social do Paraguai, Carlos Maria Romero, e de outras autoridades brasileiras e paraguaias.

 

Segundo o médico Luiz Carlos Sugmyama, consultor do Grupo de Trabalho Itaipu/Saúde, a pandemia de influenza - ou gripe aviária - é um tema muito sensível e preocupante para os gestores da saúde. “É preciso haver um trabalho de prevenção para evitar a possível contaminação de humanos por aves e, conseqüentemente, de humanos por humanos”.

 

Doença letal

 

“No primeiro caso, centenas de pessoas já morreram na Ásia. Já o segundo caso  pode ser catastrófico, pois a doença é letal”, disse. E completou: “Nós queremos estar preparados para prevenir uma possível contaminação, pois, se não, reviveremos a problemática da gripe espanhola de 1918, que em menos de um ano matou milhões de pessoas”.

 

A partir de agora, o comitê se reunirá mensalmente para avaliar as semelhanças e diferenças nos planos de contingenciamento nos três países. “Queremos estimular também a participação de outros setores, pois esse não é um problema que se restringe apenas à saúde”, ressaltou Luiz Carlos.

 

Boletim inédito  -  Mortes por idade

 

Em breve, o GT Itaipu/Saúde lançará um boletim informativo sobre os indicadores da saúde na área de fronteira. Nele, será mostrado e analisado, por exemplo, o perfil das mortes por causa e faixa etária. Trará ainda dados sobre vacinação em ambos os países.

 

Para Sônia Lafoz, representante do Ministério da Saúde do Brasil, essas informações auxiliarão o trabalho dos gestores da saúde. “É um trabalho inédito, que servirá como ferramenta de gerenciamento da saúde”, disse.