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Brasil é campeão mundial de Rafting R4. Final foi no Canal Itaipu
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20/10/2014

O Canal Itaipu deu sorte às equipes brasileiras no Campeonato Mundial de Rafting R4. Com o resultado da prova de slalom, neste domingo (19), o Brasil sagrou-se campeão mundial geral. Somando-se às competições da semana passada, nas categorias iniciantes, o Brasil ficou com seis das sete medalhas de ouro.
   
Pela manhã, os atletas encararam as corredeiras das Cataratas do Iguaçu, na modalidade descida. Mas a definição do Mundial de Rafting aconteceu na parte da tarde, no Canal Itaipu, com o slalom. No Master Masculino, a equipe Bozo D’Água, de Brotas (SP), que representa o Brasil, ficou em segundo lugar na modalidade, logo atrás da República Tcheca. Foi o suficiente.
    
“Tivemos um desconto de tempo e ficamos com o segundo, mas era o que precisávamos para ganhar no geral”, disse Enio Winkler, um dos “lemes” da equipe brasileira. No Master, o Brasil ficou em primeiro, com 952 pontos. A República Tcheca (928 pontos) ficou com a prata, seguida da Rússia (790 pontos).
   
Com o fim do campeonato, o time master do Brasil, formado por dois paulistas e dois gaúchos, se divide novamente. “Vamos treinar em casa e eles em São Paulo”, explica Enio. “A previsão é nos unirmos de novo só no próximo campeonato.”
   
No Open Masculino também deu Brasil. Na prova de slalom, assim como na categoria master, a seleção brasileira também ficou atrás dos tchecos, mas isso não foi suficiente para tirar o ouro no geral. Com 888 pontos, o Brasil ficou em primeiro, seguido, novamente, por República Tcheca (834 pontos) e Rússia (830 pontos).
   
As meninas também fizeram bonito no Open Feminino, vencendo o slalom e também o campeonato. O time somou 904 pontos no geral, logo à frente do Japão (871 pontos) e da Eslováquia (847 pontos).
   
O Mundial foi organizado pela Federação Paranaense de Canoagem em parceria com a Confederação Brasileira de Canoagem e Federação Internacional de Rafting. Os patrocinadores do evento foram Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaipu Binacional e Ministério do Esporte, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.
   
Força de Brotas
   
Para o técnico da equipe brasileira que disputou o Open Masculino, Fábio Ramos, os bons resultados do País se devem, principalmente, ao investimento que Brotas (SP) tem feito no esporte. “Hoje, somos o celeiro do rafting no Brasil”, disse.
   
No Campeonato Mundial de Rafting R6, na Indonésia, em novembro de 2015, quase todas as categorias serão representadas por equipes de Brotas – apenas no Sub-19 feminino as meninas da Xícara Maluka, de Nova Roma do Sul (RS), representam o Brasil.
   
Fábio Ramos afirmou que as equipes vão pleitear que a próxima seletiva para o Mundial de Rafting R4, que acontece em 2016 (ainda sem lugar definido), seja novamente no Canal Itaipu. “Aqui teremos todos os botes iguais, o que torna a seletiva mais justa”, afirmou.
   
Seis medalhas de ouro
   
O Mundial de Rafting R4 aconteceu em Foz do Iguaçu, em duas etapas. Entre 10 e 12 de outubro, competiram os atletas das categorias iniciantes: Sub-19 e Sub-23. As categorias adultas (Open e Master) disputaram as provas de 16 a 19 de outubro. O campeonato acontece com a somatória de quatro modalidades: sprint (100 pontos), head to head (200) e slalom (300), que aconteceram no Canal Itaipu, e a descida (400), que ocorreu nas corredeiras do Rio Iguaçu, próximo das Cataratas do Iguaçu.
   
Na semana passada, o Brasil já tinha garantido três ouros dos quatro disputados. Venceu nas categorias Sub-19 e Sub-23 masculino e na Sub-23 feminino. Na Sub-19 feminino, o Brasil ficou em terceiro – o ouro ficou com a Austrália e a prata com a Rússia.
    
O legado do Mundial
   
O presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomazini, considerou o Mundial de Rafting R4 um teste de luxo para o Mundial de Canoagem, em abril de 2015.
    
“Aprendemos com o mundial sobre o que temos de melhorar e quais medidas tomar”, avaliou. Para Tomazini, o principal legado do Mundial foi a compra e a instalação das bombas que vão permitir água no Canal Itaipu o ano todo, garantindo o treinamento dos atletas. As bombas custaram R$ 3 milhões e foram compradas pelo Ministério dos Esportes, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Olímpico.
    
“Na primeira semana, contamos com a ajuda da chuva, que garantiu as provas do Sub-19 e Sub-23”, disse. “Já na segunda, com as bombas instaladas, pudemos ter as provas das categorias adultas”, completou Tomazini. Para ele, a compra dos 20 botes pelo BNDES, que ficarão em Foz do Iguaçu e poderão ser usados para práticas esportivas no canal, é outro legado do Mundial à cidade.
    
O superintendente de Comunicação Social de Itaipu (área responsável pelo Canal) e presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, acredita que o Canal Itaipu trouxe sorte aos atletas brasileiros. “A gente se sente orgulhoso de receber tantos países aqui na Itaipu e ver o que o nosso canal pode proporcionar para o esporte”, disse Piolla. “É bom ver que todo o esforço feito lá atrás e que continua sendo feito hoje está sendo recompensado com o crescimento do Brasil no cenário mundial do esporte.”