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Bel Pesce relata experiência empreendedora no Vale do Silício
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30/03/2016
A principal diferença do Vale do Silício, região que concentra um grande número de empresas de inovação nos Estados Unidos, com o Brasil não é tanto o desenvolvimento digital, mas sim a habilidade que os norte-americanos têm em não condenar as pessoas que erram, afirmou a empreendedora Bel Pesce, sobre o medo que brasileiros têm de se tornarem empreendedores.
 
"A menina que conquistou o Vale do Silício", como Bel é conhecida, lotou o Cineteatro dos Barrageiros, dentro da usina hidrelétrica de Itaipu, nesta terça-feira (29). Cerca de 800 pessoas, jovens na maioria, acompanharam a palestra "Uma jornada empreendedora", em que a empresária conta sobre suas experiências no mundo dos negócios.
 
A palestra faz parte das comemorações do Mês Internacional da Mulher na Itaipu e da programação complementar do Prêmio WEPs Brasil 2016, que premiou, na noite de terça, as empresas que mais contribuem para proporcionar o empoderamento da mulher em seus quadros internos. Unilever Brasil e Renault Brasil dividiram o outro na categoria empresas de grande porte. Home Care Cene Hospitallar ficou com o ouro nas de médio porte.
 
Erros e acertos  
 
Em sua apresentação, Bel afirmou ser necessário que haja uma mudança na percepção do empreendedorismo no Brasil. O País precisa, segundo ela, de uma cultura que faça com que as pessoas falem abertamente sobre tentativas, acertos e, principalmente, erros. "A pessoa não é perdedora para a vida toda porque não deu certo na primeira vez."
 
Bel tem experiência de sobra para falar sobre empreendedorismo. Aos 17 anos ela ingressou no conceituado Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, onde fez duas graduações e três cursos compactos. Ela trabalhou em empresas como Google e Microsoft. Ainda nos Estados Unidos, Bel lançou seu primeiro livro, “A Menina do Vale”, em 2012, na versão online. Logo no primeiro mês foram registrados 1 milhão de downloads.
 
Hoje, a jovem coordena a escola FazInova, com cursos online e presenciais, a editora Enkla, a agência Figurinha e a Start Up Be Dream. A história de Bel é coerente ao seu discurso: segundo ela, as conquistas vieram alguns após alguns erros e graças à tenacidade para seguir em frente. “O fato de eu nunca ter sido julgada pelos meus erros e ter adquirido experiência e aprendizado com eles me faz acertar hoje."
 
Outra mudança de hábito que o Brasil precisa incorporar, segundo a empreendedora, é parar de esconder as falhas. Sua passagem pelos Estados Unidos mostrou que lá existe a cultura da tentativa e o erro é visto como fomento da inovação. “A pessoa que vai lá e tenta algo diferente é vista como herói nos Estados Unidos, não como perdedor, que cai fora do mercado."
 
Incentivo
 
Para quem assistiu à palestra, a história de vida de Bel Pesce é um grande incentivo ao empreendedorismo. “Quero criar uma empresa de agricultura, já tenho o apoio da minha família para abrir meu próprio negócio e, com a palestra, fiquei mais motivado ainda”, disse Douglas Gatto, um dos cem estudantes do Colégio Estadual Professor Manoel Moreira Pena, de Foz do Iguaçu, presentes na plateia.
 
Pensamento compartilhado por Karla Noronha, que trabalha na área Técnica de Itaipu. Para ela, as ideias passadas na palestra serão colocadas em prática. “Eu tinha medo de começar e não dar certo. Agora espero ter um norte."