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Institucional
Barragens e desenvolvimento socioambiental não são incompatíveis
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12/05/2015

Especialistas defenderam a hidreletricidade como modelo sustentável para o desenvolvimento durante a abertura do 30º Seminário Nacional de Grandes Barragens, nesta segunda-feira (11), no Bourbon Cataratas Convention & Spa Resort, em Foz do Iguaçu. Itaipu, maior geradora de energia limpa do planeta, foi citada como exemplo e referência de que as barragens, quando bem geridas, podem promover desenvolvimento não só  econômico, como também socioambiental.

Participaram da cerimônia o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek; o diretor-técnico executivo da Itaipu, Airton Dipp; o presidente do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), Brasil Pinheiro Machado; o presidente do Comitê Português de Barragens, Carlos Pina; além de representantes de Furnas e da Agência Nacional de Águas.

Na abertura, após apresentação do Coral de Itaipu, foi realizada uma homenagem ao engenheiro Rubens Vianna de Andrade, primeiro superintendente de Obras e ex-diretor técnico da Itaipu. Andrade faleceu em 26 de junho de 2008 e foi lembrado pelo trabalho primoroso em todos os projetos em que trabalhou, em especial a própria Itaipu.

Em seus discursos, Samek, Brasil Machado e Carlos Pina pediram o fim da “criminalização” das hidrelétricas. Samek disse ser impossível negar o impacto causado pelas barragens, mas reforçou que, quando as empresas fazem o trabalho com seriedade, como Itaipu vem fazendo com o Programa Cultivando Água Boa, todos saem ganhando. “Recebemos o Prêmio da ONU como melhor prática de cuidado com a água do mundo. E somos uma grande barragem”, lembrou.

De glorificadas a malditas

Pina concordou com Samek. Segundo o engenheiro português, Itaipu é realmente um exemplo para o mundo, não apenas de tecnologia e cuidado com a água, mas justamente de desenvolvimento. “Queremos disseminar a tecnologia e os benefícios das hidrelétricas e, sobretudo, de Itaipu, para todos os países de língua portuguesa da África que sofrem por falta de energia e desenvolvimento”, disse.

Brasil Machado destacou os altos e baixos que as barragens enfrentaram nos últimos anos. Nas décadas de 1960 e 1970, as grandes barragens eram glorificadas pela sociedade. Depois, foram criminalizadas e consideradas obras malditas. “Estamos conseguindo, aos poucos, mostrar novamente à sociedade que as hidrelétricas e, por sua vez, as barragens, geram crescimento e podem proteger o meio ambiente”, afirmou.

Programa

Com mais de 550 participantes, entre engenheiros, técnicos e consultores de vários países do mundo, o 30º Seminário Nacional de Grandes Barragens termina na quarta-feira (13). Durante o evento, serão apresentados 89 trabalhos técnicos sobre formas de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do Brasil por meio de ações ligadas à expansão da matriz energética. Há também uma feira de produtos e serviços relacionados ao setor.

Nesta terça-feira, dia 12, os congressistas assistem à Iluminação Monumental da Barragem de Itaipu. Na sequência, no mesmo local, os visitantes participam do lançamento do livro “Obras de Concreto de Itaipu – Desenvolvimento, controle, qualidade, durabilidade... 40 anos depois”, de autoria dos engenheiros Francisco Rodrigues Andriolo e Ideval Bertioli, aposentados da Itaipu.