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Meio Ambiente
Agricultores receberão 400 mil mudas
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27/04/2006

A Itaipu Binacional prevê, para este ano, o repasse de 400 mil mudas de espécies florestais nativas aos agricultores da Bacia do Paraná III. A distribuição acompanha a difusão do Programa Cultivando Água Boa nas microbacias da região.

 

A maior parte das mudas, cerca de 380 mil, está sendo produzida no viveiro do Refúgio Bela Vista, e o restante, cerca de 120 mil, pela Unioeste, no viveiro do município de  Santa Helena, cedido em comodato pela Itaipu.

 

Áreas degradadas

 

Grande parte da produção é destinada à recuperação de áreas degradadas das microbacias da região, principalmente em torno de cursos d’água, conforme é priorizado pelo Programa Cultivando Água Boa.

 

“A grande estrutura montada pela Itaipu para reflorestar suas próprias áreas, assim como a equipe técnica, hoje está sendo aproveitada para atender a região” explica Hugo Zelazowski, engenheiro florestal do Setor de Produção de Mudas e Pesquisa Florestal da Itaipu.

 

Georeferenciamento

 

As mudas que chegam ao agricultor passam por rígido controle de qualidade. Em setembro de 2005, a Itaipu firmou parceria com a Unioeste, campus de Marechal Cândido Rondon, para a realização de um trabalho de georeferenciamento das árvores matrizes selecionadas para a coleta de sementes. O trabalho de mapeamento e coleta de dados vai assegurar maior agilidade na identificação das árvores para as futuras coletas, além de promover a variabilidade genética nas recombinações da espécie.

 

“Por conta do desmatamento e da falta de planejamento em manter reservas florestais e matas ciliares contínuas, as espécies estão ilhadas e não conseguem realizar trocas genéticas”, explica Hugo. “Por isso trabalhamos na recuperação da riqueza genética, que está em vias de se perder”.

 

40 áreas de pesquisa

 

Há 18 anos, o Setor de Pesquisa Florestal da Itaipu investe na pesquisa do potencial ecológico e econômico de 255 espécies florestais. São 40 áreas de experimentos distribuídas pela Bacia do Paraná III, nos refúgios Bela Vista (Foz do Iguaçu), Refúgio de Santa Helena e Refúgio Maracaju, área binacional entre Mundo Novo (MS) e Salto del Guairá (PY).  Grande parte desses experimentos é inédito no país, e realizados em parceria com universidades, pesquisadores e instituições de pesquisa como a EMBRAPA CNPFlorestas.

 

Entre esses experimentos, destaca-se  o melhoramento genético da grevílea. As sementes foram trazidas há 12 anos da Austrália, pela Embrapa, a fim de ampliar a base genética da árvore no Brasil. O experimento situado na Itaipu, nas margens do Canal da Piracema  começará, em breve, a produzir as primeiras sementes. O material melhorado será então repassado a agricultores da região para fins de geração de renda.